Brasil
Publicada em 22/05/20 às 09:56h
FRANCA VIVEU DE NOVO 'Por dezoito dias eu estive morto', diz francano curado de coronavírus
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(Foto: Radio Bela Vista SP) 'Por dezoito dias eu estive morto', diz francano curado de coronavírus
Donizete de Oliveira, de 64 anos, que teve alta do Hospital do Coração de Franca nesta última quarta-feira, 20, recuperado de uma manifestação grave do coronavírus, concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Corrêa Neves Jr, em live na página do GCN e Instagram, nesta quinta-feira, 21. Emocionado, disse que a batalha foi difícil e que por 18 dias “esteve morto”.
Ainda frágil e precisando de algumas sessões de hemodiálise para se recuperar do forte e tóxico tratamento, que contou inclusive com o uso do medicamento cloroquina, Donizete deixou o hospital depois de ficar entubado por 18 dias. “Graças a Deus, eu venci. Deus me ajudou e os profissionais da saúde também. Lá (no Hospital do Coração) é uma equipe muito boa. Por dezoito dias, eu estive morto, entubado. Só via uma luz vermelha. Foi muito difícil”, disse ele, com acompanhamento permanente em casa da sua mulher e do genro.Torcedor fanático da Francana e sapateiro por mais de 30 anos, Donizete relatou que teve todos os sintomas característicos da doença. “Tive tosse frequente, falta de ar, dor de cabeça, febre e vômitos. Começou devagar. Quando vi, já estava sentindo todos esses sintomas juntos. Então fui para o Pronto Socorro (Álvaro Azzuz) e fiz o teste. No primeiro, não deu nada. Continuei sentindo os sintomas e voltei. Aí no segundo deu positivo. Fui levado para o hospital e logo já fui entubado. Quando eu acordei tive que aprender tudo de novo. Nem andar eu sabia mais. Os outros acham que essa doença é brincadeira. Não é não. Até eu achava, mas acabei pegando”, disse.
O contágio de Donizete, que sempre trabalhou em fábricas de sapato (a maior parte de sua vida no Calçados Mariner), se deu através de sua filha, que é profissional de saúde em Franca. O caso dela foi mais ameno – mesmo assim, ela ficou internada por quatro dias. Hoje, está recuperada também e já retornou ao trabalho. O restante da família, esposa e genro, fizeram exames e os resultados deram negativos.Donizete, que ao sair do hospital entregou uma flor à equipe de enfermeiros como reconhecimento pelo trabalho dos profissionais, alerta sobre a gravidade do coronavírus. “Eu digo que as pessoas precisam levar a sério essa doença. Não é brincadeira, não. Se pegar isso, tá morto. As pessoas têm que se conscientizar que não é brincadeira”.
O sapateiro deixou o coma induzido no último dia 14. Recebeu alta uma semana depois. “Deus me deu a vida de novo. Vou fazer hemodiálise devido à medicação forte, até me recuperar, e tenho também que fazer fisioterapia. Nunca tive problema nenhum de saúde”.
No final da entrevista, Donizete voltou a agradecer a equipe médica e de enfermagem. “O pessoal lá é muito profissional. As pessoas têm que se prevenir, principalmente pessoas mais velhas. Um homem que estava internado comigo, da mesma idade, não teve a mesma sorte. Ele acabou morrendo. Graças a Deus, me livrei. Nasci de novo”.
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