SEM PALAVRAS Coveiros tentam sepultar mulher em cova com água, caixão vira e família fica desnorteada
Radio Bela Vista SP
Link da Notícia:
Coveiros tentam sepultar mulher em cova com água, caixão vira e família fica desnorteada
O cemitério Santo Agostinho passou por uma situação delicada com a chuva dessa quarta-feira, 5. Pelo menos 10 sepulturas tiveram partes comprometidas com a forte enxurrada. Após publicação da imagem no Instagram do jornalista Leandro Vaz, uma mensagem denunciou uma situação constrangedora que uma família viveu no último mês no mesmo cemitério. Coveiros tentaram sepultar um corpo com a cova cheia de água. O desfecho causou revolta e dor. “Você não faz ideia da minha dor. Dia 14 de janeiro perdi minha mãe. Antes do sepultamento tinha chovido e os coveiros não tiraram a água da cova. Eles tentaram colocar o caixão em cima da água. Um bando de gente sem amor ao próximo. As pessoas que estavam comigo nessa hora, de tanto sofrimento, tentaram avisar que o caixão ia virar. Dito e feito. O caixão virou no meio do barro, enfim desde então, não consigo dormir. Toda hora me dá prantos de choro. Aquela cena de falta de respeito vem na minha cabeça, uma dor sem fim. Uma humilhação ter passado por tudo o que passei e o que estou passando”, comentou Eliane Biana Lucas Teixeira.Eliane é filha de Luzia Biana Lucas, 84 anos. A idosa morreu no dia 14 e foi enterrada no dia 15 de janeiro. Os familiares, revoltados, registram as cenas do episódio. Nas imagens é possível ver o caixão todo cheio de barro por ter virado de ponta cabeça na água.
Elaine conta ainda que depois da situação o grupo de coveiros abandonou o sepultamento. Apenas um teria ajudado então a tirar a água do interior da sepultura.Em entrevista ao GCN, a filha de dona Luzia contou que seu marido e o pai ajudaram a remover a água e ainda jogaram terra sobre o caixão. “Ficou só um coveiro e eles estavam em uns cinco ou seis. Meu esposo e meu pai que ajudou tirar a água da cova”, disse.
Depois da revolta, os familiares acionaram a direção do cemitério. “O administrador veio, tentou ajudar também, pegou um balde, mas ficou por isso mesmo”, disse Eliane.
RESPOSTA
No meio da tarde desta quinta-feira, 6, o secretário de Obras e Serviços, Adriano Tosta, disse que recebeu as informações sobre o ocorrido. De acordo com ele, a versão dos coveiros é que pouco antes do enterro, começou a chover forte no cemitério, e não havia outra alternativa a não ser enterrar o corpo. “Com a chuva que se formou, não dava para aguardar e eles tomaram a decisão de enterrar. Mas infelizmente houve o ocorrido”, disse. Com a chuva, houve então o enchimento da cova de água e o barro se fez.
Para tentar evitar problemas semelhantes, Adriano disse que a secretaria deve providenciar estruturas com cobertura para serem instaladas durante enterros com chuva. “Lamentamos o ocorrido com os familiares. Mas os coveiros não agiram por má fé ou descaso”, disse Tosta.
ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.