'Não pude beijar, nem fazer um último carinho no meu filho', diz mãe de jovem morto por espancamento 

A mãe de Thales Fernando dos Santos Souza, 30 anos, encontrado morto no último domingo, 6, com sinais de agressão em uma escola estadual de Ribeirão Preto, segue sem saber os motivos da morte de seu filho. Formado em Turismo, Thales morava em Ribeirão e trabalhava em uma empresa de recreação para crianças e adolescentes.

Segundo Tânia Bertoni, ele viajava bastante e às vezes o celular ficava sem área, o que dificultava a comunicação. “No último dia 10 a namorada dele ligou para minha filha perguntando se tínhamos notícias dele. Como era a semana das Crianças pensamos que ele estava trabalhando em algum lugar sem área. Ele havia falado que teria uma viajem para Brotas. Eu falei para ela que ele não tinha visualizado minhas mensagens”, disse.

Depois de não ter mais notícias do filho ela e sua família começaram as buscas. “Uma moça do prédio onde ele morava falou que não tinha visto ele desde sábado. Então começamos a ir aos hospitais, delegacia, no emprego dele. A única coisa que conseguimos saber é que ele fez um saque em uma agência em frente seu prédio”, disse.

Após o sumiço do filho, ela acompanhou uma reportagem sobre o encontro do corpo em uma escola e que o cadáver usava um crucifixo. “Eu liguei no IML, falei com um moço que pediu as características do meu filho e pediu para que eu mandasse uma foto. Logo depois ele me informou que podia ser meu filho que estava lá. Fomos até lá e vi que aquele moço era meu filho”, disse Tânia.

“Ele era uma pessoa muito boa, as crianças que ele convivia o amavam muito, ele tinha até uma página onde postava as brincadeiras. Ele não merecia isso. Ele estava muito machucado, não tinha necessidade de matar meu filho assim”, desabafou a mãe.

“Ele era muito responsável sempre cuidou de todas nós. Meu filho estava para ser enterrado como indigente. Isso é muito desumano”, disse.

“Não pude beijar, abraçar, fazer um último carinho no meu filho. Me arrancaram até isso.”

O crime segue sendo investigado pela Polícia Civil de Ribeirão Preto. Thales foi enterrado na manhã de domingo, 13, sete dias após a sua morte.
 FONTE-https://gcn.net.br/noticias/403252/franca/2019/10/nao-pude-beijar,-nem-fazer-um-ultimo-carinho-no-meu-filho,-diz-mae-de-jovem-morto-por-espancamento