A idosa Liaciria Maria Seco, de 80 anos, ficou quase 24 horas no Pronto Socorro “Álvaro Azzuz” aguardando por uma vaga de internação na Santa Casa de Franca. Segundo seu filho Paulo Seco, Liaciria foi levada até o pronto socorro por pessoas do Lar de Ofélia às 16h40 nesta terça-feira, 10. Após ser diagnosticada com pneumonia, infecção de urina e nos rins, o médico pediu a internação da idosa. Porém, a Santa Casa informou que não havia nenhuma vaga disponível deixando a mulher no PS, onde ela se encontrava até à tarde desta quarta-feira, 11.
“Além de minha mãe tem outras pessoas lá que estão esperando vagas na Santa Casa. Fiquei lá até às 1h30 da madrugada. Depois minha mulher chegou para ficar com ela. O pessoal do pronto socorro está fazendo tudo que pode, com muita paciência, mas lá não tem estrutura que os pacientes precisam”, disse Paulo no programa Hora da Verdade, da rádio Difusora.
A reportagem procurou a Secretaria de Saúde para esclarecer sobre a falta de vagas na Santa Casa da cidade e do procedimento em casos como esse. “Quando o hospital de referência está lotado, quem deve dar uma segunda opção para o município é o Estado. E quando não tem o retorno, o paciente fica aguardando transferência, mas o atendimento é mantido no Pronto-Socorro. Quando o caso é mais grave, urgente, o paciente é encaminhado no sistema “vaga zero”, para garantir o atendimento. Quando vai liberando leito, a Santa Casa vai recebendo os pacientes”, explicou José Conrado Netto, secretário de saúde de Franca.
Somente às 14h33 desta quarta, após a denúncia no programa da Difusora, que a família de Liaciria Seco foi informada de uma vaga no hospital e que a idosa seria transferida para a Santa Casa.
Questionado sobre o problema, o hospital afirmou a reportagem, via assessoria de comunicação, que apuraria o ocorrido. Até a publicação, nenhuma resposta.